Vaga-LumesA Chapter by Rafael Castellar das NevesSurgiram-me, às sombras de um grande jardim, Numa fresca noite na montanha, Distante de mim, com a cabeça a esvaziar, Coração a desacelerar E meu amor a me acompanhar, vaga-lumes!
Inesperados, por de mim extintos, Piscando em descompasso, Multiplicando-se, fantasiando o todo, Brincando de esconder-se do meu ver.
Enfeitaram o jardim, Inebriaram minha mente, Pacificaram meu coração, Como há muito não havia.
Tantas foram as lembranças, Não as lembradas, mas as sentidas, Do tempo em que ainda havia, Que, por um instante, um piscar talvez, senti-me novamente o menino, Não aquele que nunca deixei de ser, mas aquele que deixei de sentir.
Apenas vaga-lumes, Tilintando por estas sombras, como há muito não via, Como há muito não havia, Lumes, vagando, por aí...
São Paulo, 01 de fevereiro de 2012.
© 2015 Rafael Castellar das Neves |
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Added on December 4, 2015 Last Updated on December 4, 2015 AuthorRafael Castellar das NevesSao Paulo, Sudeste, BrazilAboutNascido em Santa Gertrudes, interior de São Paulo, formado em Engenharia de Computação e um entusiasta pela literatura, buscando nela formas de expressão, por meio de cr&oc.. more..Writing
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