TrilhosA Chapter by Rafael Castellar das Neves" Maria sumida, Por onde andaste que desde minha infância inocente me abandonaste Sem rancor e despedida?
" Maria calada, Por que não mais a vi por entre os campos, em minhas cavalgadas, Rasgando-os em gritos histéricos?
" Maria tímida, Por que da plataforma não mais a vejo exuberante rajando fumaças Ao anunciar sua chegada?
" Maria moleca, Por que não vens pueril com o vapor de seus cilindros Assustando os abandonados cães famintos que rodeiam a plataforma?
" Maria tristonha, Por que não mais tens aquela batida frenética e descompassada Que me arrepiava o corpo e me alegrava coração?
" Maria maldita, Por que depois de toda essa ausência vens para levar Aquele que me afaga o coração e acalma meu ímpeto?
" Maria mercenária, Tomas aqui o bilhete salgado que a contragosto comprei Com peito estourado e a face melada.
" Maria querida, Guias com cuidado e doçura aquele que por toda a vida Nos guiou com sapiência e alegria pelos trilhos da vida.
" Maria amiga, Guardas o caminho que fizeres, Pois é por estes trilhos que terás que me guiar quando a minha vez então chegar.
São Paulo, 13 de julho de 2008. © 2015 Rafael Castellar das Neves |
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Added on November 26, 2015 Last Updated on November 26, 2015 AuthorRafael Castellar das NevesSao Paulo, Sudeste, BrazilAboutNascido em Santa Gertrudes, interior de São Paulo, formado em Engenharia de Computação e um entusiasta pela literatura, buscando nela formas de expressão, por meio de cr&oc.. more..Writing
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