Bom-diaA Chapter by Rafael Castellar das Neves
Maldito seja, pesadelo doente
Que em meu merecido descanso irrompe, Espancando-me ao peito, alucinando-me os músculos Matando tudo dentro de mim.
Me derrama ondas de dores e desesperos, Que me apavoram e me esgotam. Meu corpo sucumbe.
Minhas pálpebras covardes garantem a incerteza da escuridão Meu corpo moribundo tenta perceber a realidade Gélido diante da ameaça da realidade ser o irreal
Descubro-me, pois, emaranhado em seu corpo macio e quente, Nariz enterrado em suas mexas cheirosas, Boca em um beijo eterno em seu pescoço umedecido.
Meus braços envolvidos com os seus em um abraço memorável Nossas pernas entrelaçadas " alianças da nossa presença. Suas costas esguias aconchegadas em meu peito Compassam meu coração com sua respiração tranquila.
Trago-te mais a mim, Minha angústia alivia, Meu corpo se entrega, Minha mente desliga.
Choro meus medos Esqueço a fatalidade Brindo à realidade.
Você se aconchega, Aperta meus braços, Pede meu beijo.
Beijo-te, anjo do meu coração, Com todo ímpeto de quem foi salvo Direto das trevas para seus lábios açucarados.
Sinto seu cheiro, sua pele macia, Seu amor flamejante, seu corpo inquieto: “Bom-dia!”.
São Paulo, 10 de julho de 2008. © 2015 Rafael Castellar das Neves |
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Added on November 26, 2015 Last Updated on November 26, 2015 AuthorRafael Castellar das NevesSao Paulo, Sudeste, BrazilAboutNascido em Santa Gertrudes, interior de São Paulo, formado em Engenharia de Computação e um entusiasta pela literatura, buscando nela formas de expressão, por meio de cr&oc.. more..Writing
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