E jogue fora essas palavras da sua cabeça
Talvez você não deva continuar essa história
Se continuar matando suas personagens indefesas.
Os papeis tão delicados
Que ainda sorriem para aqueles mal criados
Dos escritores que insistem em amassar e jogar fora
Os papeis que abrigam suas tristes histórias.
As personagens foram proibidas de sorrir
Andam sempre perdidas por aí
Vítimas dos escritores infelizes
Cheios de cicatrizes
Que só sabem depositar nesses papeis
Seus amores infiéis.
Mas a vida é assim mesmo
Tem sempre alguém que pega toda a sua tristeza
E transforma em beleza
Perdoe-me, querida personagem, pela falta de gentileza
Mas você continuará sendo, da tristeza, a presa.