• Afinal o que é a vida? •A Story by Beatriz SilvaAlguém? Há alguém que me consiga responder a uma pergunta que, há partida é tão simples? Eu considero que só há uma maneira de ver a vida: evolução. Nós, obrigatoriamente, aprendemos a crescer com todas as adversidades que nos são impostas, e sabem que mais? Não me revolto com isso, porque através de todas as experiências, que confesso não foram assim tantas, afinal só tenho 18 anos, eu senti que dos 16 aos 18 anos eu percebi muita coisa de forma repentina. Foi como acordar de repente de um sonho e dizer “ Fogo, como é que eu não pensei nisto antes?” Não consigo entender como é que existem pessoas que acham a vida injusta só porque não têm o par de sapatos que viram na montra da loja e que iam ficar tão bem com as calças novas, ou que já não podem ir ao spa porque a gerente foi de férias, quando na vida há tanto mais para viver. Pessoas que não sabem o quanto sabe bem aproveitar a simplicidade e a magia da vida. Há alguns meses conheci uma pessoa que já me ensinou muita coisa, que me mostrou ainda mais o que é a simplicidade da vida. Para ela, é melhor sair de uma discoteca a abarrotar e ficar sentada num passeio a rir e a falar com alguém que tivesse a mesma ideia, é melhor sair a meio da noite de casa e ir ouvir o mar só porque precisa de se encontrar a si mesma e se considera um “free spirit”, que considera que necessita de se refugiar do stress do dia a dia fazendo aquilo que melhor sabe fazer: aproveitar a simplicidade da vida. Outra pessoa que conheci deu-me a conhecer um bocadinho da vida dela que definitivamente não foi justa, mas que nunca parou de correr atrás dos sonhos, nunca deixou de se importar com a vida, nunca deixou de lutar e nunca deixou de ser feliz sobretudo. A vida é tão mais do que julgamos saber dela. Há tanta coisa para questionar. Será que há mais que uma vida? Será que houve uma vida antes desta que nos condiciona agora? Será que a podemos contrariar? Será que devemos limitá-la com crenças? Será que a merecemos? Na minha opinião só está realmente satisfeito com a vida, aqueles que vivem intensamente, e que não se preocupam com a superficialidade, materialidade. Aqueles que não dão importância aquilo que pensam deles e não têm medo de viver, de falar, de se expressar, seja a cantar, a dançar, a escrever, a pintar… aqueles que não têm medo de verbalizar o que pensam, aqueles que agradecem o facto de estarem numa cultura que lhes permite viver. Implicitamente, podemos considerar que a nossa vida é regida por regras sociais, ou seja, não somos inteiramente livres. Mas também é de considerar que as pessoas não aproveitam a ser livres naquilo que realmente lhes dá liberdade: o pensamento, o ego. Porquê é que as pessoas têm medo de pensar? Porque é que escondem pontos de vista, ideias, crenças por causa de uma minoria insignificante que não sabe compreender, aceitar, tolerar, o que é diferente? Não desistam de ser quem são por pessoas que nem sequer se sabem definir, que são infelizes ao ponto de nem sequer saberem quem são. Eu não tenho medo de me expressar, de dizer o que realmente sou, e o que me define, porque é com estas “vontades”, estas ideias que eu sou inteiramente eu. Não sou religiosa, simplesmente não acredito em nada que não seja em mim própria. É em mim que eu vou buscar força. A mim, à natureza, ás pessoas que me são próximas, a pessoas que já não estão comigo, mas que sei que cuidam de mim, a lugares que me transmitem paz, à música, aos livros, e sobretudo ao pensamento positivo. Porque é que eu haveria de ter medo de ser quem sou verdadeiramente? Porque é que eu haveria de condicionar a minha vida a uma sociedade que me obriga a ser o que eu não sou só para me servir de pareceres e elogios falsos? Porque é que eu haveria de querer ter 1 milhão de “amigos” quando as melhores pessoas do mundo podem ser apenas 3? A nossa vida somos nós, quem desenha o nosso percurso, experiência, conhecimento, somos nós. Quem decide se a vida é dura, injusta, justa, feliz, somos nós. Percebam só uma coisa: não se dececionem só porque a vida é difícil. “ Só porque a vida é difícil?”, hum, será pouco o facto de ser difícil? Não, não é pouco, mas também não é mau. Qual era o sentido de viver se não aprendêssemos nada? Se fosse tudo perfeitamente alcançável e possível? Não fujam dos problemas só porque eles surgem numa altura em que tudo estava a correr bem, ou porque surgiram numa altura em que já estava tudo muito mal. Só vive quem tem a capacidade de lutar, a felicidade são momentos, momentos em que devemos aproveitar para “recarregar” forças para quando voltarem a aparecer adversidades conseguirmos superar. A vida é como um jogo, há níveis, há bónus, há evolução de técnicas, há game over. Nunca ninguém quer chegar ao game over, então não queiram também acabar com a vida ou desistir dela. A vida vale a pena pelas pessoas que encontras, por momentos que vives, por loucuras que cometes. A vida vale a pena nem que seja para ouvires uma vez na vida “ Tu mereces o melhor, alguem com esta mentalidade na tua idade é mesmo raro, és o tipo de pessoa que alguém percorria o mundo todo para te encontrar.” Só palavras não é? Mas palavras que fazem abrir o sorriso de uma forma espontânea, que fazem o coração gritar de alegria, que te dão força para continuar. Há demasiado para viver. Eu vivo o que a vida me quiser oferecer, e tu? © 2016 Beatriz Silva |
Stats
56 Views
Added on June 12, 2016 Last Updated on June 12, 2016 AuthorBeatriz SilvaPorto, PortugalAboutHey, visitors! I'm a 19 year old girl, psychology student and read/write lover. Please come to visit, leave your comments and opinions. Hope you enjoy my texts. more..Writing
|