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viajo pelas trevasgritando em silênciojá não sinto dornem calorum frio triste congelou-me o sangueque percorre as minhas veiasde a..

vivo instantes de glóriasamarradas aos meus pulsosno tormentodas minhas lembrançasenterro no espaçovago da minha almao vazioque c..

estou sóneste quarto escurode cor cinzaestou aquionde mora a escuridãoonde habita a solidãonestes olhos banhadospor lágrim..

espero…um momentoum sinalalgo que me faça sentireste sentimento que me envolveespero…calado, hesitantepor merecer este instantees..

no natalmorre-seao contrário do que se possa pensarno natalnão se nasceno natalmorre-see a mortebema morteé fodida

neste desterro onde já não amanhecededos encarquilhadoscansados da velhiceentrelaçam suaves taçaspor onde se bebe o vinhoq..

os meus diasmorrem em varandas viradas ao sule o meu corpocontinua lá, no prolongamento do silênciona infindável segurança ..

a tua boca já nãome sabe a marsabe a fel e algodão doceesse sabor agridocequão poluídos estão os riosque cor..

a solidãofatalfez-me prisioneiro da mortenesta cidadevisceralo corpo inertefebrilagoniza lentamenteuma lágrimadespertano breuaromas ineb..

não queria que terminasseapenas que o tempo parassee o relógio não andassequeria ficar perdido no instanteignorando todo o restan..